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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O perigo das lembranças

Chego em Madri, na Espanha, às 8h, resolvo caminhar sozinho por lugares queridos. Termino sentado num banco do parque do Bom Retiro. "Você parece que não está aqui", diz um velho que se aproxima de mim. "Estou há oito anos no passado", respondo a ele. "Sentado neste banco, com um amigo pintor. Conversando sobre um assunto absurdo: onde tomar aulas de dança", continuo explicando. "Aproveite esta bênção", diz o velho. "Mas saiba que é preciso ter cuidado com as suas lembranças ou você acabará sem presente para recordar", completa ele. (Paulo Coelho)



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